domingo, 25 de maio de 2008

1926- 2008, 72 anos depois, a Igreja Católica dos Suábios Húngaros é revitalizada

A Associção Húngara, os moradores de Jaraguá 84, os católicos, os descendentes dos suábios húngaros festejam a revitalização do patrimônio religioso da Igreja da Santíssima Trindade. A iniciativa é mérito de um empresário jaraguaense.
Apesar da "velha guarda" ter se manifestado contrária a revitalizalção, a mesma é fruto da vontade de um empresário que deseja ver a cidade crescer aliada aos valores culturais de sua gente. Desta forma o patrimônio histórico foi salvaguardado em boa hora. O gesto é uma lição para os que desprezam a memória e a história e tratam o patrimônio com desrespeito. Diante da ajuda financeira, a comunidade católica já notificada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (COMPHAAN) voltou atrás e acatou a sugestão, o que possibilitou o inicio da obra, visto que o Ministério Público poderia receber uma denúncia, pela qual teria que tomar medidas cabíveis, segundo as leis vigentes no país.
Para os membros da Comunidade Católica é uma conquista a recuperação do bem histórico tombando pelo Governo do Município, visto que trata-se um dos exemplares raros - que são três no Brasil, dois em Jaraguá e um em São Paulo/SP - simbolos da imigração suábia húngara, no Brasil, desde 1891.
Com a decisão soberana do maior órgão em desfesa do nosso Patrimônio Histórico (COMPHAAN), a sociedade jaraguaense passa a reconhecer, que as leis de proteção ao patrmônio, são legítimas e se faz necessária, para evitar o banimento da nossa identidade e memória.
Veja pelo acervo de imagens digitais, a evolução do restauro da obra pelo olhar de Silvia Regina Toassi Kita, historiadora do Arquivo Histórico Municipal "Eugênio Victor Schmöckel":

Vista parcial externa da obra em processo de revitalização, cujos traços mantém as características originais do prédio.
Vista de uma das laterais, onde a intervenção e o restauro apresenta um novo perfil estético.
Vista dos fundos onde foi necessário realizar um conjunto de reparo, o qual ornou com a antiga edificação.
O ritmo da obra em restauro tem nas mãos dos restauradores, a responsabilidade de manter as caracterísiticas originais da edificação, da década de 20, do século XX.
Este foi o único afresco conservado e recuperado. A revitalização também procura manter a arte sacra na sua essência original.
Por tod o interior da Igreja há vestígios da arte do restauro. É um momento histórico, pois este patrmônio sofreu grandes desgastes quando o telhado não foi consevado e o prédio foi desocupado e abandonado.
Madeiras de várias qualidades estão sendo aplicadas para revestimento, devolvendo a originalidade e a beleza estética do ambiente.
A qualidade do serviço de restauro, mostra que a intervenção é feita por profissionais da área, o que assegura a originalidade da obra.
Coleção de imgens digitais: Silvia Regina Toassi Kita

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Os 117 anos de presença dos suábios-húngaros em Jaraguá do Sul serão comemorados com um livro que narra esta trajetória
Três professores, que são formados nas áreas de Letras, Estudos Sociais e Educação Física lançaram em 28 de maio um livro, o qul destaca a temática da imigração suábia-húngara no Vale do Itapocu, sobretudo na antiga Colônia Jaraguá.
São autores desta magnifica obra literária, as Sras Olga Piazera Majcher, Alcioni Macedo Canuto e o Sr Sidnei Marcelo Lopes.
O livro que sintetiza a trajetória dos suábios-húngaros, é fruto de pesquisas bibliográficas inspiradas nos textos do saudoso Sr Eugênio Victor Schmöckel, pesquisador e historiador auto-didata. Também enriquecem a obra, um conjunto de diversas entrevistas de memória oral, pesquisas icnográficas e documental. Sendo que um dos autores, o Sr Sidnei Marcelo Lopes foi por duas ocasiões a Hungria, em busca de dados etnográficos, com a senhorita Catarina Kovacs, pesquisadora da Universidade de Budapeste.
É importante salientar, que a senhorita Kovacs é uma das incentivadoras do trabalho de valorização e revitalização da cultura suábia-húngara, no Brasil. Por isso, reforça atualmente, por meio de constantes visitas à cidade de Jaraguá do Sul, a necessidade de aprofundar a reflexão, em relação a identidade pela consciência magiar, pois a Hungria, orgulha-se deste povo que se tronou profíco, em território brasileiro.
A Professora Alcioni Macedo Canuto, tem participação face a sua ida a Hungria, quando também foi levantar dados significativos da saída do povo suábio-húngaro, do antigo Império Austro-Húngaro ao Brasil, no final do século XIX. A presença da Sra Alcione neste livro, também está associada, ao trabalho de curadoria por ocasião de duas exposições no Museu Histórico Municipal "Emílio da Silva", cuja experiência técnica em museologia lhe confere credibilidade, para enaultecer a saga e a história dos suábios do Danúbio, como também são conhecidos este povo, em nossa cidade jaraguaense.
A Sr Olga Piazera Majcher teve a maior responsabilidade, pois esboçou o projeto de pesquisa do livro e partiu para execução do mesmo.
Com dedicação visitou várias famílias, cemitérios (centros de memória da vida) da região do Jaraguá Alto, Estrada Garibaldi, Centro e outros, garimpando dados familiares e geneológicos. De posse desses indicadores, a Sra Olga, pesquisadora e professora tabulou as informações e aprofundou-se na elaboração da dissertação, que gerou um rico trabalho científico, o qual servirá de base para outros.
Em relação à imigração húngara, vale destacar, que o primeiro trabalho foi elaborado pelo jovem Juliano Berti, que no ano de 2005 lançou o livro da Família Schogor, de origem suábia-húngara. Embora, o trabalho de Julinano tenha sido restringido à família Schogor e outras, o mesmo se constitui uma obra referencial, de significativas informações étnica-cultural, folclórica e genealógica.
Portanto, a imigração suábia-húngara tem dois importantes livros, que relatam a trajetória deste povo em Jaraguá do Sul há 117 anos.