Contextualizando e refletindo a presença dos húngaros e suábios húngaros, em 119 anos na história de Jaraguá do Sul, nos próximos dias 10 e 11 de julho, será realizada a IIIª Festa Catarinense do Strudel.
A festa é um tributo a todas às famílias que vieram do antigo Império Austro Húngaro ao Brasil, no limiar do século XIX. Como Jaraguá do Sul acolheu numerosos habitantes daquele império, é comum encontrarmos comunidades e bairros, com numerosos habitantes remanescentes, da Europa e do Leste europeu, especialmente da Hungria.
A história da Hungria é marcada por complexidades e subjetividades, na qual é narrada com tenacidade a trajetória de seus heróis, como de Santo Estevão, o herói nacional. Essa história atravessou as fronteiras e aportou no Brasil, na Colônia do Jaraguá. Para simbolizar essa rica contextualização histórica, um marco foi construído, em Jaraguá Alto, a Igreja de Santo Estevão, inaugurada no inicio da década de 30.
E foi na época da construção da Igreja de Santo Estevão, que surgiu a idéia de coletivização da festa dedicada a este Santo Padroeiro, todos os anos no mês de agosto. Anterior à década de 30 realizava-se na casa dos moradores a festa de tradição católica, geralmente, após a missa.
A idéia de reunir os fiéis para uma ação coletiva ganhou força e adesão As primeiras festas começaram a reunir as famílias para missa, almoço festivo e gastronômico, strudel, kiri, churrasco e aves assadas (galinha caipira, pato, marreco) em forno a lenha. No transcorrer da tarde, ainda era organizado café colonial, com pães empastados e muita cuca de queijinho e farofa. Porém, a atrativa do evento social e religioso, sempre era a iguaria do strudel.
Assim iniciou-se a difusão da iguaria do strudel em Jaraguá do Sul, constituindo-se hoje, o mais significativo patrimônio imaterial, presente na mesa da maioria dos jaraguaenses, nativos e migrantes, gerando inclusive uma festa.
Bem vindos à IIIª Festa Catarinense do Strudel.
Ademir Pfiffer – Historiador
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